Papel gasto na propaganda eleitoral impressa
daria para fazer 20 milhões de livros
Em 2012, um juiz do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez as contas de quanto se gasta com a propaganda eleitoral impressa a cada eleição no Brasil e chegou a uma conclusão: a propaganda eleitoral é cara e agride seriamente o meio ambiente. Só com combustível, até o primeiro turno das eleições, foram gastos 54 milhões de litros, o que significa quase 40 toneladas de gás carbônico a mais na atmosfera. Nos quase 3 meses de propaganda eleitoral nas cidades, partidos e candidatos investiram alto em propaganda eleitoral impressa. Até a segunda parcial de contas apresentada ao TSE, mais de R$ 300 milhões haviam sido gastos só com papel e publicidade em jornais e revistas. O juiz eleitoral Paulo de Tarso Tamburini, explica que isso equivale a mais de 20 milhões de livros ou cadernos que poderiam ser feitos, ou a mais de 20 bilhões de folhas tamanho A4. Ou, ainda, a menos 417 mil árvores cortadas. Após a campanha, a propaganda eleitoral impressa é jogada no lixo ou nas ruas. Esse é um dos principais problemas que se vê no período eleitoral: a sujeira. Só no dia de votação do primeiro turno das eleições de 2012, foram coletadas, apenas na cidade do Rio de Janeiro, mais de 324 toneladas de lixo eleitoral, pelo menos 30 toneladas a mais em relação ao mesmo período de 2008! Tamburini espera que o estudo sobre o impacto ambiental da propaganda eleitoral impressa ajude os partidos e os candidatos a mudarem a forma de fazer propaganda eleitoral no Brasil.